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domingo, 8 de novembro de 2009

AND I RAN, I RAN SO FAR AWAY (Operação Bareguinha)

Hoje foi dia de corrida. Era a Mizuno 10 milhas. Mas eu não ia aguentar correr tudo sozinha, então fiz revezamento com minha amiga Adriana. Cada uma iria correr 5 milhas, o equivalente a 8,045km.
A corrida foi realizada no final da Asa Sul, entre a 08 e a 16. Cheguei cedo no local, porque não sabia onde poderia parar o carro. Ainda chovia um pouquinho no eixão, o suficiente para eu pensar em colocar pneu de chuva. Conheci um corredor, o Genésio, que estava voltando às pistas, mas que iria correr devagarinho porque estava com o joelho machucado. Imaginei: o devagarinho dele deve ser meu rapidinho. Depois chegou Adriana que tinha retirado meu material e me deu meu chip. Amarrei-o e fizemos um aquecimento, sem esquecer da tradicional sessão de fotos.
O legal da prova da Mizuno é que eles tem bem claro que o organismo da mulher é diferente do do homem, principalmente quando se trata de corrida. As mulheres recebiam camiseta baby look rosa e os homens (e as mulheres que não gostam de baby look) recebiam camiseta azul.
Aquecimento feito, Adriana iria largar primeiro. Os letra B (que era meu caso) teriam que aguardar receber a pulseira em um local específico, separado para evitar confusão com quem estava correndo as 10 milhas sozinho. Enquanto Adriana corria, encontrei uma colega de serviço que também corre, e acabou largando bem antes que eu (gente que corre com assessoria esportiva é que nem gente que presta concurso fazendo cursinho, tem já a vantagem de treinar sério).
A campeã do feminino estava cruzando a linha de chegada praticamente junto com Adriana, e foi a minha vez de correr. Ela tirou a pulseira de revezamento, me passou, coloquei, e a partir daí, VALENDO!
Eu preciso de uma assessoria esportiva, ou pelo menos algumas dicas decentes para treinar, porque eu, acostumada com as águas, não sei bem respirar fora delas (não que eu seja um peixe ou uma baleia, mas porque a respiração da natação é bem diferente da respiração da corrida). Um problema é na hora de distribuir água, que o corredor pega a água, bebe ou se molha, e taca o copo na pista. Quem vem atrás tem que além de correr, desviar dos copos jogados. Isso pode até causar acidentes.
Fiz o retorno indicado e comecei a subir, pois o Plano Piloto não é tão plano assim. Claro que não se compara à subida da Brigadeiro, mas é uma inclinação para se considerar. Vi a placa de 3km e fiquei toda felizinha, quando eu vi o tapete que indica o número de milhas... milha 2! Ainda? Mas vamo que vamo, como diria o locutor. Tinham algumas pipocas, mas é porque o trecho do Eixão é totalmente liberado para outras pessoas correrem, andarem, pedalarem, patinarem, ou até molequinhos andarem com aquele skate que não é bem um skate. Outra coisa é que no meio da corrida, você entra em um dilema quando surge uma vontade de tirar água do joelho. Ou corre mais rápido para chegar logo no banheiro, ou segura para evitar acidentes. Falando em joelho, meus joelhos estavam pedindo arrego, mas eu não ia desistir. O cara da frente parou, agachou, alongou e continuou. Eu dei uma pequena alongada e segui. Entre os 4 e 5km, estava no que eles chamam de reta oposta, pois a largada está do outro lado. Tiraram a minha tradicional foto de corredora, e ainda deu tempo para brincar com as criancinhas que estavam vendo: "Você não me pega!" Entre o km 6 e o 7, passou no sentido oposto já perto da linha de chegada uma mulher que começou a cantar: "Ei dor, eu não te escuto mais..." como forma de driblar a tensão que pode surgir na corrida. Na hora que eu iria fazer o retorno final, já tinha gente comum andando no eixão, a prova já estava nas 2h, e virei. Na milha final, apareceu um flamenguista segurando um rottweiler focinhado, o que me deu motivação para a arrancada final. Consegui concluir a prova (não, ainda não saiu o tempo real) 2:20 depois do pelotão "quênia" (que na prova não tinha este nome) ter dado a largada. Devo ter ficado da cor da camiseta, mas valeu, que conseguimos superar nossos limites e... tamo junto!
P.S.: Queria saber se o Genésio conseguiu terminar a prova.
P.P.S.: Recebi minha medalha junto com a campeã. Ela no pódio e eu nos isotônicos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

FICBRASÍLIA, O FESTIVAL FEDERAL

Havia um tecladinho que me perseguia nos finais de semana aqui em Brasília, parecia reggae, parecia calypso, até que na quarta eu descobri: A música do tecladinho, que grudou no meu cérebro durante a quinta-feira inteira. Para esquecer, fui ao XI FICBrasília, o Festival de Cinema mais importante do Centro-Oeste, que passa todos aqueles filmes que estão fora de cartaz porque foram abatidos por um moonwalker ou um golpe de capoeira.
E o filme que fui ver se chama "I am happy", é um documentário feito pela japonesa Soraia Umewaka, nas favelas e subúrbios do Rio, para mostrar o conceito de felicidade. Então ela entrevista dançarinos, artistas, domésticas que moram no morro, e suas respectivas patroas, e se vê uma diferença no conceito de felicidade deles.
A sala da CCBB tinha apenas 10 pessoas, mas na Mostra também vi público assim.
Curiosidade: as sessões não são avaliadas pelo público, e só tem dois cinemas que passam: Cine Academia e CCBB, sendo que neste as sessões são gratuitas.
O Festival é bom, para quem gosta de cinema. Mas como já vim da Mostra Internacional de Cinema, a impressão que tive foi de ter conhecido primeiro a Disney para depois chegar no Beto Carrero, quando o certo para curtir os dois na mesma intensidade seria conhecer primeiro o Beto Carrero.
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